terça-feira, agosto 24, 2010

Fortes rios, fortes ventos


Os grandes rios modificam a morfologia das plataformas continentais contíguas, provocando um alargamento destas áreas e alguns destes rios constroem vastos depósitos sedimentares designados de leques submarinos sobre o sopé continental. O leque do Ganges, por exemplo, estende-se por centenas de quilômetros no Golfo de Bengala.

O próprio sopé continental é a província fisiográfica mais desenvolvida da margem continental brasileira. Sua cobertura sedimentar é constituída predominantemente por sedimentos terrígenos, provenientes em quase toda a sua totalidade, da plataforma continental.

O rio Amazonas despeja um volume médio de 6,3 trilhões m3/ano, o que representa aproximadamente 16% de toda a água doce descarregada nos oceanos. A descarga de sedimentos do Amazonas tem sido estimada em 1,2 bilhão de toneladas/ano, dos quais 75 a 80% deste suprimento sedimentar vai alimentar o delta subaquoso adjacente à foz do rio. O cone submarino do Amazonas estende-se a uma distância superior a 200km da base do talude continental.

A pluma de sedimentos estuarina do Amazonas é transportada preferencialmente para noroeste, por cerca de 20 a 40 km, com uma velocidade, na superfície variando de 40 a 80 cm/s.

Na plataforma continental do Amazonas, o fluxo de água doce estende-se por impressionantes 100-120km. Nesta área a salinidade é próxima a zero e a temperatura na superfície da água oscila entre 27,5 a 290C.

Estes números por si só, são bastante expressivos, porém existe um outro tipo de transporte de materiais detritais tão ou mais impressionante, quanto ao descrito acima.
A circulação atmosférica consegue deslocar importantes quantidades de sedimentos que chegam a cruzar bacias oceâncias.

Poeira sobre o Mar do Caribe, proveniente do Deserto do Saara.


Tempestade eólica no Noroeste do continente Africano.


Situação semelhante ocorre também no Noroeste da Austrália, e no deserto de Gobi, China.




quarta-feira, agosto 18, 2010

Aula Prática

Seguem dois sites onde estão disponíveis dois programas a serem utilizadas nas aulas práticas de geologia marinha.


http://worldwind.arc.nasa.gov/java/

http://www.virtualocean.org/

Após a instalação dos programas, traçe uma série de perfis batimétricos das bacias sedimentares marinhas elencadas abaixo, e com o World Wind produza algumas cenas da parte emersa das respectivas bacias, descrevendo-as no que tange ao seu arcabouço estrutural, geológico-geomorfológico e bacias hidrográficas.

Bacias Sedimentares
Foz do Amazonas;                                                                                      Mucurí;
Para/Maranhão;                                                                                          Espírito Santo;
Barreirinhas;                                                                                               Campos;
Ceará;                                                                                                        Pelotas.
Potiguar;
Pernambuco-Paraíba;
Sergipe/Alagoas;
Jacuípe;
Camamú;
Almada;
Jequitinhonha;
Curumuxatiba;

Um detalhamento maior das feições batimétricas poderá ser obtido no site da DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação), onde é possível a obtenção das cartas náuticas em formato raster, já georreferenciadas.
https://www.mar.mil.br/dhn/dhn/index.html

Obs: A visualização ou utilização das Cartas Raster requer o uso de programa computacional compatível (ArcGis, por exemplo).